E V E N T O S : Todos os primeiros sábados do mês tem Roda na Praça Duque de Caxias - Piquete/SP Venha Participar conosco !

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Major Vidigal:
O Capoeirista Vilão.


Miguel Nunes Vidigal, filho de Manuel Nunes Vidigal e Paula do Nascimento, nasceu no Rio de Janeiro em 1754 e faleceu na mesma cidade, em 10/06/1843. Iniciou sua carreira militar alistando-se, com 16 anos, no Regimento de Cavalaria de Milícias. Foi promovido a alferes em dezembro de 1782, a tenente em dezembro de 1784, a capitão em 20 de outubro de 1790, a sargento-mor em 18 de março de 1797, a tenente-coronel em 24 de junho de 1808, a coronel em 26 de outubro daquele mesmo ano, nomeado 2° Comandante da Guarda Real da Polícia da Corte (criada por D. João VI, no período da regência no Brasil), a brigadeiro graduado em 10 de março de 1822 e a brigadeiro em 12 de outubro de 1824 com o hábito de Cavaleiro Imperial da Ordem do Cruzeiro.Em 1791, era capitão da 1ª companhia do esquadrão de Cavalaria, responsável pela guarda do Conde de Resende, Vice-Rei do Brasil. O major Vidigal foi descrito como "um homem alto, gordo, do calibre de um granadeiro, moleirão, de fala abemolada, mas um capoeira habilidoso, de um sangue-frio e de uma agilidade a toda prova, respeitado pelos mais temíveis capangas de sua época

Major Vidigal passou a perceguir implacavelmente os candomblés, as rodas de samba e especialmente os capoeiras, “para quem reservava um tratamento especial, uma espécie de surras e torturas a que chamava de Ceia dos Camarões”, gerando, ainda, um maior desconforto no meio destes, aumentando significativamente a eficiência das perceguições, pois, ironicamente, ele era um capoeirista de grande destaque e conhecia as "manhas" e os "macetes" utilizados pelos negros fugitivos.
O escritor Manuel Antônio de Almeida, autor de "Memórias de um Sargento de Milícias", faz, nesta obra, várias referências às crueldades perpetradas pelo Major Vidigal, que acabou se tornando um ícone da perseguição aos negros naquele período da História.

Esse artigo é fruto de pesquisas na coleção Artes Marciais, módulo Capoeira - Arte Marcial Brasileira e nas páginas:http://censoarchivos.mcu.es/CensoGuia/fondoDetail.htm?id=561674 e

2 comentários:

  1. Bom dia a todos(as); queria entender como este homem branco sonsegiu ser capoerista naquela época.
    Alguem sabe?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muitos aprendiam nas fazendas com os próprios escravos, alguns deles desde meninos, não era incomum na época brancos excelentes capoeiras.

      Excluir